Segundo pesquisa do IPOM, os índices de insatisfação com o ambiente de trabalho estão em níveis elevados.
Muitos profissionais são bem sucedidos, respeitados pelos chefes, admirados pelos colegas e colhem elogios e frutos financeiros. Em compensação, outros não conseguem atingir o mesmo sucesso.
Segundo dados de pesquisa do IPOM – Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente –, os índices de insatisfação com o ambiente de trabalho estão em níveis elevados. De cada 10 profissionais consultados, 7 confessam não estarem satisfeitos com a sua carreira ou emprego e gostariam de trocar de função ou empresa.
De todos entrevistados, 68% afirmam se sentirem capazes de exercer cargos mais valorizados ou bem remunerados, mas se sentem vítimas de chefes injustos e de um sistema empresarial que não reconhece a meritocracia. Outro dado que demonstra grande insatisfação com o trabalho é o fato de 65% das pessoas não fazerem o que gostam, mas tolerarem exercer uma atividade remunerada sem prazer, em função de questões financeiras, familiares ou por imposição da sociedade.
Segundo Myriam Durante, psicoterapeuta e presidente do IPOM, esses números revelam que o sucesso profissional está profundamente ligado à questão da felicidade. “Quem não está satisfeito com o trabalho dificilmente conseguirá ir à luta para conquistar o sucesso. Para ter sucesso é preciso agir Pessoas bem sucedidas são caracterizadas pela vontade de realizar projetos em busca da realização pessoal. Só que, para ter ânimo e disposição para isso, planejam-se muito bem e conseguem cumprir suas tarefas porque gostam do que fazem”, explica a especialista.
Outro fato que também preocupa, de acordo a psicoterapeuta, é o fato de 40% das pessoas afirmarem que não costumam se planejar e preferem esperar que as coisas aconteçam naturalmente. “Esses profissionais não estão felizes, mas também não estão dispostos a virar a mesa. Vão se acomodando, engolindo frustrações até a hora em que o corpo gritar, com alguma doença, alertando para o fato de que algo não vai bem e que é preciso corrigir a rota. Trabalhar pode e deve ser motivo de prazer, mas antes a pessoa precisa descobrir o que, de fato, a faz sentir-se bem”, alerta Myriam Durante.